"Me perco neste tempo...

a caminho da solidão"

segunda-feira, 7 de junho de 2010

CAPÍTULO XXIV

"Sim, em mim há qualquer coisa de desagradável, qualquer coisa que afugenta", pensava Liêvin ao sair da residência dos Tchierbátski, enquanto se dirigia a pé para a casa do irmão. "Não sirvo para conviver com as pessoas. Dizem que é orgulho, mas a verdade é que nem sequer sou orgulhoso. Se o fosse, não estaria na situação em que estou." E diante de seus olhos aparecia o feliz, o bom, o inteligente Vronski, o qual, com certeza, nunca se viria numa situação assim. "Era naturalíssimo que ela o preferisse. Não podia ser de outra maneira, e não devo queixar-me de nada nem de ninguém. A culpa é minha. Com que direito pensei eu que ela estivesse disposta a unir a sua à minha vida? Quem sou eu? Que sou eu? Um homem inútil, de quem ninguém precisa"

trecho do livro Ana Karenina de Tolstói. Acho que é a terceira vez que tento ler estas 747 páginas.
Identifiquei-me demais com este trecho e com o Liêvin.

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