"Me perco neste tempo...

a caminho da solidão"

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

"Não fica pronto nunca
Não há final feliz
Não há razão pra desespero
Ouça o que o silêncio diz"
(Tchau Radar, a Canção - Humberto Gessinger)

E de repente, a coragem surgiu e, muito de leve, mencionei a mensagem e ouvi apenas um "Desencana" repetido duas vezes. 
Não foram colocadas as razões e diante de uma resposta dessa não pude argumentar já que ela veio de imediato. 
Para quem estava sem muita esperança, escrever um texto no blog sobre isso quer dizer o quê?

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

"Bloco do eu sozinho"

"O ser humano é apenas solidão
(...)
Uma solidão cercada de solidões" (Milan Kundera em A festa da insignificância)

Eu poderia estar dormindo, ainda mais porque já são 02h 21min, ainda mais que estou com a ideia de acordar cedo para correr beira-mar(estou em João Pessoa a trabalho), mas resolvi deixar transparecer este mal do século que me deixa vivo e ativo.
A solidão em um quarto de hotel não me faz mal, já que eu a pratico e aprecio.
Nesta semana, pude confirmar a frase acima e lembrar da música do Engenheiros ("Pois agora lá fora/Todo mundo é uma ilha/ A milhas e milhas e milhas...).
E mediante estas ilhas, venho confirmar a minha ideia de que "Não existe amor em SP". Existem pessoas que se gostam, mas não é generalizado. Vivo isso no escritório onde trabalho. Todos têm o mesmo objetivo, mas nem todos se preocupam em se ajudar.

Diante de fatos que aconteceram na minha vida e que podem voltar a acontecer, fiquei bem cético para algumas coisas. Deixei de levantar algumas bandeiras, principalmente as que estão relacionadas a sentimentos. Hoje eu percebo que vivia no mundo dos sonhos, que eu achava que pudesse existir.
Vou ter que contrariar a música do Legião ("Se o mundo é mesmo parecido com o que vejo, prefiro acreditar no mundo do meu jeito"). Eu não quero mais acreditar no mundo do meu jeito. Vou ter que adaptá-lo à realidade e deixar de ser esta peça deslocado do tabuleiro. Creio que há outras peças iguais a mim, mas sei lá...

Acho que se os poetas do período literário do Romantismo vivessem nos dias de hoje, veriam que a solidão não é o Mal do Século. Ela é comum. As pessoas se fecham em seu mundo de celulares. Sentar num bar e ver as mesas rodeadas de pessoas que conversam o mínimo entre elas e o máximo com os celulares. Diante disso, como contrariar a hashtag "Não existe amor em SP"?

Nesta semana, ao invés de trocar mensagens eu quis ligar, escutar a voz, ter uma conversa em que as frases pudessem ser cortadas antes de serem concluídas e ela não quis.

Vivemos o Som do Silêncio. Não o silêncio praticado na meditação, mas a ausência de sentimentos.

domingo, 12 de outubro de 2014

SOZINHO SIM (?)

"Me sinto só, 
Mas quem é que nunca se sentiu assim
Procurando um caminho pra seguir, 
Uma direção - respostas" (Um minuto para o fim do mundo - CPM22)
E de repente, não mais que de repente e por um certo momento, fiquei refém daquilo que me deixa confortável.
Ontem, eu me senti só.
Eu, como um admirador da solidão, achei que estava muito bem acompanhado dela. E quando menos esperava, ela se virou contra mim.
Não esperava isso dela (apesar de não ser a primeira vez).
Espero que isto não se repita de novo.
Mais uma vez fica em evidência este meu ponto de fraqueza que eu achei que estava superado.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Um dia cinza; sentimentos incolores

"O que ficou é este modelito da estação passada"
(As flores do mal - Legião Urbana)

Diante de uma manhã cinzenta de uma quinta-feira (dia 28), desperto meus sentimentos mais incolores e começo a refletir sobre a minha vida. Começo a refletir sobre o nada. Porque "na verdade "nada" é uma palavra esperando tradução".

E o dia passou e ficou azul e percebi que nada mudou, os sentimentos continuavam e continuam incolores (salvo os que sinto pelos meus amigos e família). Apenas lembranças vieram à tona. Acontecimentos que devem ser esquecidos e evitados o máximo de serem lembrados.
 
Começo a procurar definições para o disco "The Dark Side of The Moon"  do Pink Floyd.

"Quais são as regras? O que ficou?"



quarta-feira, 23 de julho de 2014

"E QUEM SABE UM DIA EU ESCREVO UMA CANÇÃO PRA VOCÊ"

"É complicado estar só
Quem está sozinho que o diga
Quando a tristeza é sempre o ponto de partida
Quanto tudo é solidão
É preciso acreditar num novo dia
Na nossa grande geração perdida
Nos meninos e meninas
Nos trevos de quatro folhas
A escuridão ainda é pior que essa luz cinza
Mas estamos vivos ainda

E quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você
Quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você
Quem sabe um dia eu escrevo
Uma canção pra você..." (Natália - Legião Urbana)

E que agora eu consiga me afastar do que me atrai a você.
Não sei o que sentir ou que dizer. Talvez eu saiba...
Para mim, é triste você se desapontar com uma pessoa. Espero nunca ouvir: "Eu não esperava isso de você".
Entretanto, quem sou eu para julgar os sentimentos de alguém. Não sei até que ponto você agiu certo.
Depois disso, percebo que eu ainda tenho que aprender muito sobre sentimentos. Vivo desolado em um mundo que eu não sabia que tinha criado. Achava que poderia estar próximo da realidade. Achava que as coisas em algum momento podem ser diferentes. As pessoas poderiam ser diferentes.
Vivo num fantástico mundo, só que não o do Bob, o do Hugo. Estava preso ao Mundo da Lua onde meu imaginário se preocupava em mantê-lo e eu pensava que poderia tirá-lo do mundo das ideias.
Difícil esquecer o que passamos. Difícil aceitar que você poderia agir assim.
Mas preciso viver e me reerguer. Crio expectativas de que em algum lugar do futuro, os processos podem ser diferentes e que as minhas idealizações não estão tão afastadas do mundo real.
Que não seja para mim, mas desejo para os outros. Em que lugar está escrito que todos seremos felizes com uma pessoa do lado? Há quem possa contrariar isto. E por enquanto este sou eu...

"Se o mundo é mesmo
Parecido com o que vejo
Prefiro acreditar
No mundo do meu jeito
E você estava
Esperando voar
Mas como chegar
Até as nuvens
Com os pés no chão..."

quarta-feira, 16 de julho de 2014

SAUDADES

"Eu sei o caminho dos barcos..."

O que dizer? Não digo. Apenas sinto. Saudades...
Saudades... Apenas saudades.
Não tenho nada a dizer, apenas a sentir.

Você diz  que eu não perdi o que nunca tive.
Tive sim. Mesmo sendo por alguns momentos. Era tudo tão diferente e intenso.
Por alguns momentos...
Por breves e sinceros momentos...

Rodeado de pessoas... Estou sozinho novamente.
Apenas presencio a melancolia que me segue e me envolve.
Para estes momentos e não para aqueles.

Apenas sinto.
Este sentimento que se torna o meu veneno e me mantém vivo e ativo.

"E até lá vamos viver
Temos muito ainda por fazer
Não olhe pra trás apenas começamos
O mundo começa agora
Apenas começamos."

"Boys don't cry..."

sábado, 28 de junho de 2014

Um tempo... a Solidão

"E aqui estou eu sozinho com o tempo
O tempo que você me pediu"

E aqui estou  sozinho neste sábado à noite bem convidativo a sair e esperar algo dele. Mas estou aqui diante do tempo que você me pediu.
Se tem uma regra que nunca é quebrada na minha vida é de que "o que é bom dura pouco"
Sorte que sou triste. Diante de mais um fato comum na minha vida, algo com que já me acostumei. Mais uma página do mesmo livro.
Concluí ontem em meu Refúgio que preciso de um momento "fossa" para ficar bem.
Apesar de já estar acostumado, não gosto de passar por estes momentos pós-término de relacionamento.
Nem todos nascemos para ser felizes, só as mães são felizes.
Ou eu não nasci para ser feliz. Pelo menos no que diz respeito a relacionamentos.
Cansei. Deixo tudo para trás. Os encontros, a vontade de enviar flores, dizer palavras doces ao pé do ouvido.
O que levo agora comigo são apenas a vontade de chorar e de me refugiar em algum lugar que eu não precise de alguém. Poder curtir minha vida solitária, triste e melancólica.
AQUI JAZ O ÚLTIMO ROMÂNTICO... SE NÃO O ÚLTIMO, UM DOS POUCOS QUE EXISTEM NO MUNDO.

Nanda,
Você é fantástica e eu só falo das suas qualidades porque ultrapassam os seus defeitos.


"Solidão me deixe forte
Talvez resolva meus problemas"


segunda-feira, 16 de junho de 2014

"E ELA ME FAZ TÃO BEM..."

"Ela demonstrou tanto prazer
De estar em minha companhia
Eu experimentei uma sensação
Que até então não conhecia
De se querer bem
De se querer quem se tem..."

Não sei até onde vai (espero que pra sempre!).
Às vezes, eu acho que estou dentro dos romances que estou acostumado a ler. Há momentos que parece algo Machadiano ou piegas como José de Alencar.
E isso me traz o medo. De repente é o que senti hoje. 
Medo de perder uma coisa que está me deixando bem e que o que estou vivendo saia das páginas e vire um filme daqueles dramáticos que me atraem.
Gosto do que estou sentindo por ela. Não estou acostumado a receber o tipo de sentimento que ela tem por mim; sentimentos sinceros. Ninguém até então tinha demonstrado isso por mim. Só conhecia e conheço estes sentimentos nos livros que leio. Alguns com finais felizes e outros não.
Conhecendo o lado do Amor que traz o medo. Medo de que esta história seja mais uma página do mesmo livro que é a minha vida.
Mas vamos viver. Temos muito ainda por fazer. O mundo começa agora. Apenas começamos.

"E Ela me faz tão bem!
E Ela me faz tão bem!
Que eu também quero
Fazer isto por ela..."

domingo, 16 de março de 2014

O obvio...

"Mais uma página do mesmo livro
Mais uma parte da mesma história
Mais uma telha do mesmo abrigo"

O que é o obvio? 
Quando tudo parece que já está no caminho?
Quais são os caminhos que levam para o obvio?
Pode ser que exista... mas não no universo dos sentimentos.
Diante dos fatos que acontecem comigo, tenho que pensar que as certezas da vida são mínimas.
E eu crio expectativas, esperanças e demonstro meus sentimentos. Eu devo parar com isso.
E devo dar mais tempo para disputa entre a razão e a emoção.
E devo ser mais melancólico e esconder meus sentimentos.

Surge mais uma vez o medo de virar a página, de dormir, de sonhar...


sábado, 22 de fevereiro de 2014

Ausência de mim mesmo...

Ando afastado daqui, de lá, de mim... Ando afastado dos meus sentimentos que gradativamente vão se tornando obscuros.
Reflexo de uma experiência inexperiente que só tende a me prejudicar.

E estas lembranças que não cessam toda vez que eu lhe vejo. Mas essas não, essas não me fazem mal. O que me atinge é o hoje que não tem nada a ver com você.

O que me atinge são as dúvidas, as certezas e tudo o que estiver envolvido.

Afogo-me em poemas e canções de Amor para imaginar o que eu ainda não vivi.